Preta Gil com cancro do cólon: conhecer os riscos, sintomas e opções de tratamento

A cantora Preta Gil, de 48 anos, usou as redes sociais para informar que foi diagnosticada com câncer de cólon, também chamado de câncer colorretal, após exames mostrarem um tumor de adenocarcinoma na última parte do órgão. 

O adenocarcinoma é o tipo de tumor maligno que provocou o cancro do cólon da cantora. Desenvolve-se em pólipos que, apesar de serem considerados benignos, se não forem detectados e tratados precocemente, podem sofrer alterações ao longo dos anos e tornar-se cancerosos. 

Factores de risco do cancro do cólon. 

O cancro do cólon, também conhecido como cancro colorrectal, é a segunda doença mais comum do aparelho digestivo e a terceira maior causa de morte no Brasil, segundo o INCA. Outras personalidades famosas, como a cantora Simony e os ex-jogadores de futebol Pelé e Roberto Dinamite, também sofreram com a doença. 

De acordo com as estatísticas, são mais de quarenta mil novos casos da doença por ano. 

A doença afeta tanto homens como mulheres, começa normalmente a partir dos quarenta e cinco anos e é mais comum entre os sessenta e os setenta anos. Os factores de risco incluem: 

-Dieta inadequado 

-Obesidade 

– Estilo de vida sedentário; 

– Tabagismo e abuso de bebidas alcoólicas; 

– As doenças pré-existentes incluem a retocolite ulcerosa crônica, a doença de Crohn e a doença intestinal hereditária. 

Sinais de câncer colorretal. 

Eber Salvador, cirurgião oncológico e presidente da SBCO, diz que o câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente, sem nenhum sintoma. A detecção da doença, em muitos casos, ocorre durante os exames de rastreamento. 

A colonoscopia deve ser realizada a partir dos quarenta e cinco anos em pessoas sem sintomas ou a partir dos trinta e cinco anos se houver histórico familiar de câncer. Este exame pode prevenir a doença porque permite retirar pólipos – massas alojadas na parede intestinal que podem evoluir para cancro. 

É também essencial prestar atenção a sintomas específicos: 

– Uma mudança nos hábitos intestinais, como diarreia, obstipação ou constrição das fezes que dure vários dias; 

– Se não houver uma sensação de alívio após o esvaziamento, parece que nem todo o conteúdo das fezes foi excretado; 

– Hemorragia rectal; 

– A presença de sangue nas fezes, cuja cor se torna castanha escura ou preta; 

– Perda de peso rápida e sem razão aparente. 

O diagnóstico precoce ajuda a salvar a vida do doente.  

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Apesar dos sucessos, Renata D’Alpino diz que há muitos tabus em torno do exame preventivo do câncer colorretal, o que contribui para a baixa adesão ao controle precoce da doença, mesmo entre pessoas de alto risco. 

Muitas vezes, o tumor só é descoberto em fases mais avançadas, no meio de sintomas mais graves como anemia, obstipação ou diarreia sem motivo aparente, fraqueza, gases e cólicas abdominais e perda de peso. Embora o sangue nas fezes seja um primeiro sinal de que algo está errado com a saúde, muitas pessoas atribuem o fenômeno a outras causas comuns, como hemorróidas, e acabam por adiar a procura de aconselhamento médico e a realização de exames especiais. 

Tratamento da doença. 

A necessidade de um diagnóstico rápido também está relacionada à agressividade dos tumores colorretais. 

Com o diagnóstico precoce, as chances de cura são muito maiores, e o tratamento torna-se mais acessível, pois o tumor ainda está em fase inicial. 

O primeiro passo no tratamento do cancro colorrectal é geralmente a cirurgia. Em alguns casos, a cirurgia pode ser seguida de radioterapia e quimioterapia. 

Vale lembrar que o câncer é uma doença complexa que pode exigir abordagens diferentes em cada caso. Por isso, todas as determinações do tratamento, bem como as medidas terapêuticas e o tipo de cirurgia realizada, dependem do momento em que a doença é detectada.