Objeto não identificado cai do céu e assusta morador: ‘Coração disparou’

Uma forte detonação, acompanhada de emissão de fumaça, fez com que Michel Ramos dos Santos, 39 anos, morador de São Vicente (SP), e sua família entrassem em estado de alarme na noite deste sábado, 6 de junho, às aproximadamente 20h45.

O som era semelhante ao de uma colisão veicular, embora limitado a um ponto acima de sua cabeça.

Michel, que estava na sala, reclinado em um sofá enquanto usava o telefone celular, dirigiu-se ao quintal para apurar a natureza do ocorrido.

Michel subiu ao telhado para verificar se a fiação elétrica poderia ter sido a fonte da fumaça. Esta hipótese baseou-se na suposição de que um curto-circuito poderia ter sido a causa do incidente. Utilizando a lanterna do celular, o motorista iniciou uma investigação dos fios queimados. Após um exame mais detalhado, porém, ele descobriu um buraco no ladrilho, com diâmetro inferior a trinta centímetros. Imediatamente adjacente à peça incandescente havia um buraco na laje, de onde emanava uma intensa fumaça cinza clara.

Apesar do choque e da preocupação iniciais, não houve feridos e a estrutura da casa sofreu apenas danos mínimos. Michel afirmou que se o objeto tivesse caído em outra parte da casa, poderia ter causado ferimentos graves.

Seria este um dispositivo explosivo improvisado?

O objeto tem aproximadamente 27 centímetros de comprimento e 5 centímetros de diâmetro, com formato cilíndrico. Michel contatou colegas para ajudá-lo na identificação do objeto. Inicialmente, Michel suspeitou que o objeto pudesse ser uma bomba caseira. Ele foi aconselhado a entrar em contato com a polícia, que recomendou preencher um boletim de ocorrência online. Michel guardou o objeto em uma caixa para evitar qualquer risco à sua família e aguardou orientações das autoridades sobre a melhor forma de proceder.

É possível que o objeto não tenha surgido do espaço. Pedro Palotta, especialista em astronáutica e fundador do Space Orbit Group, afirma que o objeto descoberto pelo engenheiro pode não ser lixo espacial.

A aplicação de técnicas de testes magnéticos permitiu a identificação e utilização de materiais metálicos díspares na construção do objeto em questão. Palotta entrevistou Michel a pedido do UOL para obter informações que pudessem facilitar a identificação do objeto em questão. Ele o orientou a realizar um teste de magnetismo com um ímã caseiro. O maquinista observou que uma parte do objeto não reagiu ao ímã enquanto outra parte foi atraída por ele, indicando a presença de um metal diferente.

O componente em questão pode ter caído de uma aeronave.